Cannabis e o mercado de trabalho

Muito se fala de mercado criativo, economia verde e até novos modelos de trabalho. O que pouca gente sabe é que até com a cannabis é possível desenvolver proposta de emprego capazes de aquecer o mercado e gerar renda.

Sempre vista com olhar de marginalização devido ao tráfico e a política antinarcóticos desenvolvidas por décadas, a maconha acabou perdendo espaço na indústria, o que impossibilitou um maior conhecimento das suas propriedades, seja para a saúde, seja para a beleza, na comunicação e por aí vai.

<strong>A cannabis é um mercado de trabalho em ascensão</strong>

O setor mais conhecido é o que trata da cannabis para fins medicinais. Com a liberação em dezenas de países e uma discussão crescente no Brasil, como a aprovação da Lei Pétala no Paraná, por exemplo. O mercado para o controle de doenças antes sem tratamento começou a garantir mais empregabilidade, além de proporcionar uma saída para famílias que já não sabiam como lidar com doenças degenerativas, convulsões ou outras tantas comorbidades que respondem bem à prescrição da cannabis.

Nessa área é possível ser um empreendedor, produzindo o medicamento, um funcionário de empresas que gerenciam o ramo, ou atuar na venda dos produtos. Mas, dá para ir para a militância, atuando junto a instituições que buscam desmistificar e garantir a legalização dos terapêuticos.

Na parte da indústria da beleza, os produtos a base da cannabis ganham mais e mais espaço e demonstram sua eficiência no combate à acne, vermelhidão, falta de lubrificação e também no enfrentamento ao envelhecimento da pele, por exemplo.

O cultivo da planta também é crescente. Muitas pessoas enxergam a erva como uma das grandes forças da economia contemporânea. Com a grande demanda para as diversas funções que citamos aqui, a pessoa que souber entregar uma boa planta, no gosto do cliente, vai se sobressair e inclusive pode faturar bem.

Com tantas propriedades e modelos de uso, o mercado vem ganhando protagonismo e dá para inclusive empreender montando sua linha só com produtos à base de maconha. Além de ser 100% orgânico, é inovador e com pouca concorrência no mercado. #FICAADICA

E a gente também está aqui dando um exemplo de como se trabalhar com a cannabis, afinal, estamos explicando o básico de uma forma didática, não? Resumidamente é assim que funciona a área da comunicação. O nosso trabalho aqui é quebrar paradigmas e demonstrar o lado bom da nossa plantinha favorita.

Para além da comunicação com o público, ampliando essa discussão. Também há outras formas de ser um comunicador, seja atuando no meio político; como representante de indústria ou para as empresas; e também o coach que é aquele que lida com as pessoas que consomem produtos ou a própria cannabis, fazendo a função de um “guru” orientando e coordenando todas as etapas.

Enfim, a cannabis é uma área que sempre esteve na boca do povo e agora pode estar no bolso também. Estudos já revelam que localidades onde a maconha não é criminalizada, o desemprego tende a cair e novas oportunidades de comércio e serviço surgem a curto prazo.

Se considerarmos o momento de economia fria e com o desemprego em alta há quase uma década, trabalhar hoje para que a cannabis vire o emprego de muita gente amanhã, pode ser uma saída que garanta não só a melhora das finanças da nação, mas a compreensão de que a ignorância coletiva acerca de um tema tão importante e corriqueiro, pode ser maléfico para o meu, o seu, o nosso bolso, e não só para o usuário final, como muita gente pensa por aí.

Texto: Brayan Valêncio