A relação entre o uso da cannabis e seus possíveis efeitos na hipertensão tem sido objeto de interesse crescente na comunidade médica e científica e não é por menos, afinal, os resultados obtidos até agora são fenomenais.
Estudos bem recentes mostraram que o uso pode levar a uma elevação temporária da pressão arterial, principalmente devido ao efeito psicoativo do tetrahidrocanabinol, o THC, o principal composto psicoativo da nossa plantinha. E ao mesmo tempo, pacientes que consomem cannabis regularmente podem desenvolver uma maior tolerância aos efeitos elevadores da pressão arterial, reduzindo seu impacto com o tempo.
O canabidiol, o CBD, um composto não psicoativo, tem sido estudado por seus potenciais efeitos anti-hipertensivos. Estas pesquisas científicas sugerem que o CBD pode ajudar a reduzir a pressão arterial, embora mais estudos estão sendo realizados nesse momento para confirmar esses efeitos.
E tem cientistas que vão em outra linha: enquanto a cannabis pode causar um aumento temporário na pressão arterial após o uso, os efeitos a longo prazo mostram o oposto e são quase milagrosos. Ou seja, o uso contínuo pode levar pode levar para além da tolerância, mas reduzir consideravelmente os efeitos elevadores da pressão arterial ao longo do tempo. No entanto, pelo que tudo indica, essa adaptação não é garantida para todos e pode variar de pessoa para pessoa.
Para pacientes preocupados com os efeitos psicoativos da cannabis, produtos à base de CBD podem ser uma alternativa a ser discutida, já que aquilo que é tanto criticado por especialistas mais conservadores, pode facilmente ser anulado, já que a utilização da cannabis não está obrigatoriamente atrelada ao “barato”.
Mas, apesar da erva se demonstrar promissora, é importante que pacientes hipertensos que consideram o uso sempre consultem um profissional de saúde. É fundamental discutir os riscos e benefícios individuais, considerando a saúde geral, medicamentos em uso e histórico médico.
Em resumo, a relação entre cannabis e hipertensão é complexa. O uso responsável e sob a supervisão de um profissional de saúde é fundamental para minimizar riscos e explorar os possíveis benefícios que a planta pode oferecer aos mais variados pacientes com hipertensão. A pesquisa continua a progredir, e novos insights podem eventualmente esclarecer ainda mais essa relação.
Texto: Brayan Valêncio
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