É inegável que a luta pela legalização do consumo da maconha e o movimento rastafári andaram juntos desde suas origens. Também não é surpresa para ninguém a marginalidade que ambas as militâncias sofreram ao longo dos séculos.
A palavra rastafári vem de Ras, que significa “príncipe” e Tafari, pode ser traduzida como “da paz“. Apesar da quantidade de estereótipos e preconceitos, o movimento rastafári é orientado por uma filosofia própria com base em passagens da bíblia, ou seja, para além de um ideal social, é também uma demonstração de fé religiosa.
Para os rastafári, um novo rei negro surgiu e esse homem seria a reencarnação do Messias. A crença diz que o rei Haile Selassie I, da Etiópia, era o sujeito da profecia, ou seja, Jesus estava de volta à terra dos homens.
Mas, além da ligação direta com a bíblia e dando vida para as suas mais densas interpretações, os rastas também consideram haver muitas coisas que acabam não sendo compreendidas como precisam, por exemplo porque o ser humano tem receptores para canabinóides, mas a cannabis é proibida? Por que a sociedade decide o que um único indivíduo pode ou não consumir?
Todo esse conceito filosófico forma uma das mais ricas e diversas culturas do mundo. E também representa o sincretismo religioso e social, já que para além da fé cristã, o movimento rasta também é originário do hinduísmo, onde a cannabis é considerada uma das 5 plantas sagradas. A nossa plantinha favorita é descrita como uma erva semeada diretamente do céu para terra.
Com o foco na África, os rastafáris ganharam projeção na Jamaica, que fica no Caribe, e são sempre lembrados pelo eterno Bob Marley. Para o movimento, a maconha é retratada pelas suas características de aumentar a consciência, garantindo sentimentos diversos e pouco comuns sem a utilização da erva. A maconha também é relacionada a eliminação de estresse e más energias, elevando o bem-estar a um nível único.
Com o avanço da discussão pela descriminalização no Brasil e em vários países, a origem desses preconceitos começa a ser inseridas nas discussões e a compreensão de que esses movimentos sociais e religiosos africanos passaram por um apagamento e inviabilização devido a ideia de clareamento da população. A ideia basicamente é que se você pratica ou consome algo relacionado a pele preta, isso é ruim e precisa ser evitado.
Mesmo no século XXI, ainda é comum constatar o preconceito tanto com os maconheiros, quanto com os rastas, que não necessariamente são a mesma coisa. A sua origem tão próxima e ideológica, seguiu junta ao longo do tempo e demonstra o quanto a sociedade ainda precisa avançar nas discussões acerca das liberdades individuais e deixar de estigmatizar pessoas ou grupos apenas pelas suas vontades, opiniões e maneiras de ver a vida.
Texto: Brayan Valêncio
Leia também:
Larica nossa de cada dia: entenda esse efeito fisiológico da cannabis
Cannabis e o tratamento do câncer de próstata
Oportunidades de trabalho no mercado de cannabis
Somos a leds indoor, marca que nasceu em 2018 com o propósito de oferecer produtos de alta performance no cultivo indoor, com um atendimento de qualidade e empatia com as necessidades do cliente.
Nossa visão é se consolidar no mercado oferecendo linhas de equipamentos de fabricação própria com qualidade de ponta a ponta.
Acompanhados de nossos valores, que são o relacionamento com o cliente, comunicação transparente e qualidade nos produtos e informações, sendo uma referência de confiança na área.